436 Homens já tratam de câncer na próstata

Atualmente 436 pessoas fazem tratamento contra o câncer de próstata em Feira de Santana, segundo dados da Rede de Referência a Saúde do Homem, o que representa uma média de 72 casos para cada grupo de cem mil habitantes. No país a estimativa é de 53,4 casos. Os números foram apresentados durante o Seminário Atenção a Saúde do Homem, realizado nesta sexta-feira, 8, no Auditório Dr. João Batista de Cerqueira, da Secretaria Municipal de Saúde.
 
O evento fez parte da programação do movimento Novembro Azul. O urologista Rodrigo Serapião Mendes observou que a incidência de câncer de próstata vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. “E isso está diretamente relacionado à maior expectativa de vida das pessoas. No Brasil essa já é a quarta maior causa de morte por câncer”, aponta.
 
A maior incidência ocorre aos 71 anos, enquanto a taxa de mortalidade acontece em sua maioria aos 80 anos. Outro dado apresentado por Serapião aponta a maior vulnerabilidade por parte de afrodescendentes e hispânicos, que chega a ser 1,6 vezes mais freqüente, e com taxa de mortalidade 2,3 maior que homens das demais etnias.
 
O urologista também apresentou números do trabalho realizado na Unacon. “Esse ano operamos mais de 50 pacientes de câncer de próstata. Atualmente temos 12 pacientes na vigilância ativa, que trata-se de uma modalidade de tratamento que consiste no acompanhamento do paciente. E os resultados são muito positivos”, avalia.
 
A secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, observa que o trabalho de conscientização é fundamental para o combate a doença. “O Governo Municipal e o Hospital Dom Pedro de Alcântara estão juntos nesse propósito. Nossa meta é atingir um público de cerca de 1.500 homens acima dos 50 anos. Mas novembro é para alertar quanto à prevenção. A atenção quanto a essa questão tem que ser dada durante todo ano”, considera.
 
O doutor em urologia pela USP (Universidade de São Paulo), Vítor Paschoalin revelou que 49% dos homens na faixa etária entre 18 e 70 anos de idade sofrem de disfunção erétil. “É importante na avaliação de próstata perguntar sobre a atividade sexual. Geralmente este é o primeiro motivo que leva o paciente ao médico”.
 
Especialista em oncologia pela Universidade de Barcelona, Carlos Alberto Amorim destacou a importância da abordagem sindrômica para a quebra da cadeia de transmissão das DSTs. “Os dados mostram que há falha no diagnóstico em ate 40% dos casos. Então o tratamento tem que ser imediato. E isso também contribui para uma maior adesão do paciente ao tratamento”, frisa. Também estiveram presentes a diretora do Hospital da Mulher, Charline Portugal, e a diretora do HDPA, Sandra Peggi.

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