Profissional de saúde deve notificar casos de violência contra mulher

Enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos que atuam nas unidades de saúde de Feira de Santana foram capacitados nesta terça-feira, 17, para reconhecer sinais de violência doméstica praticada contra as mulheres. Esses dados alimentam o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

A capacitação foi promovida pelo Centro de Referência Maria Quitéria (CRMQ) com o seminário “Violência contra a mulher: dialogando com a Atenção Básica”, no Teatro Municipal Margarida Ribeiro.

A coordenadora do CRMQ, Maria Luiza Coelho, observa a importância da iniciativa no combate à violência contra a mulher. Ela ressalta que com o empenho dos profissionais da área de saúde, os números de agressões devem se tornar mais próximos da realidade, já que mais casos serão identificados ao invés de continuarem sem registro.

Somente este ano já foram registrados 473 casos de violência doméstica contra a mulher em Feira de Santana. Entretanto, conforme explica Maria Luiza, o número real pode até triplicar por falta de notificação.

“Na verdade a incidência de violência contra a mulher não deve crescer, mas sim um maior número de casos serem notificados a partir do momento que os profissionais das Unidades Básicas de Saúde passam a conhecer a rede de proteção à mulher e o Centro de Referência”, frisou.

Para Tayane Macedo, da Vigilância Epidemiológica, a iniciativa também vai possibilitar um mapeamento do problema em Feira de Santana, identificando os bairros de maior incidência de agressão contra a mulher e levantando um perfil dos agressores e dos agredidos. (Secom/PMFS)





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