Olho roxo. Boca inchada.
Hematomas. São sinais que denotam violência doméstica contra a mulher praticada
por maridos ou companheiros, mesmo que elas afirmem de pés junto de que tudo
não passa de acidentes dentro das suas casas. E nem sempre os profissionais da
saúde sabem identificar ou fazer com que as vítimas relatem seus problemas e
casos de violência.
Para enfrentar a situação, o
Centro de Referência Maria Quitéria promoveu o evento “Violência contra a
mulher: dialogando com os problemas”, com a participação dos profissionais das
seis policlínicas, mais a UPA 24h, da rede municipal. “O objetivo é que eles
passem a identificar os casos de agressão e as encaminhem à Rede de Atenção e
Proteção à Mulher em Situação de Violência”, disse a coordenadora do CRMQ,
Maria Luiza Coelho.
Esta rede é formada por
vários órgãos, entre eles a Vara da Violência Doméstica Contra a Mulher, Deam,
Ministério Público e o CRMQ. E não são apenas os sinais exteriores que devem
ser avaliados. “Elas somatizam e o problema é revelado em dores pelo corpo e
chegam com depressão”, diz a coordenadora do CRMQ. Os caos de baixa alta-estima
também são observados nestas mulheres. Identificar os casos de agressão é saber
fazer a leitura exata de toda a situação explicitada. É ler as entrelinhas das
informações passadas pelas mulheres. E, reconhece a enfermeira Gléssia
Guimarães, nem todos os profissionais das policlínicas estão preparados para
fazer este tipo de atendimento, que é diferenciado.
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