O Ministério do Trabalho e
Previdência Social resgatou 1.010 trabalhadores em 2015 que estavam em
condições análogas à escravidão. As 140 operações feitas pelo Grupo Especial de
Fiscalização Móvel e por auditores fiscais do trabalho identificaram trabalhadores
nessa situação em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados, segundo balanço do
ministério divulgado para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo,
lembrado hoje (28). Segundo a pasta, mantendo a tendência de 2014, a maioria
das vítimas de trabalho escravo no Brasil foi localizada em áreas urbanas, que
concentraram 61% dos casos (607 trabalhadores em 85 ações). Nas 55 operações
feitas na área rural, 403 pessoas foram identificadas.
Segundo o presidente do
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, os
resgates na área urbana aconteceram “A chegada da luta na área urbana gerou uma
resposta tão forte do capitalismo, a ponto de ameaçar dois grandes instrumentos
que temos”. Ele informou que está em tramitação no Congresso Nacional o Projeto
de lei do Senado nº 432, de 2013, que “diminui o conceito do trabalho
escravo, retirando dele todo trabalho degradante e jornada exaustiva. Isso é um
grave e perigoso retrocesso”. Além do resgate dos trabalhadores em condições
análogas à escravidão, que representaram 13,26% do universo alcançado, as
operações coordenadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social
beneficiaram um total de 7.616 trabalhadores. (Agência Brasil)
Comentários
Postar um comentário